A Corda Que Se Se Oferece Poem by Julio 2 Amarante

A Corda Que Se Se Oferece

Sintético sincretismo é uma perspectiva
De juntar a visão de um com a outra perspectiva da vida
E conseguir um novo caminho sem tantos espinhos
O sincretismo brasileiro sempre achei maneiro
Uma prática braçada explícita ou inconscientemente por um povo inteiro.

Foi por lá que o meu beco sem saida encontrou alguns caminhos
Deixei de homenagear os vinhos,
Aceitei o que sempre havia recusado como condenado
Literalmente

E figurativanente ganhei o que quando voltei vi que perdi,
De novo fechado, reservado, atormentado açoitado pelo próprio chicote
Como ir para o casamento sem dote e ficar emburrado
Como nunca aceitar nada de mim ou dos outros e andar amuado
De semblante fechado, ensimesmado, cego surdo e verboso
Como um ceboso orador que só se queixa e nunca diz o que pensa
Uma real auto ofensa um desvirtuamento de si
Uma máscara feia que se mostra na rua e depois fixa

Hoje nem vivo aqui, quem aparece é alguém que se não conhece
Um de que ninguém se compadece pois de fato não o merece
É o pior ser de si feito concreto, um eu abjeto
Cercado de sirenes que queria ser rodeado de lindas sereias,
Falar sem peias
Não dizer o que não pensa apenas deixar-se falar
Abrir a porta para o que pode dar.

Até à data se constata a total falácia de si, caída na falta de audácia
Vontade de destruição e sua própria voz denegrida.
Aceitação da imagem que lhe dão para se enforcar
E ainda dar a corda para o laço se dar e justo amarrar.

A Corda Que Se Se Oferece
Thursday, December 19, 2019
Topic(s) of this poem: confessional,uncertainty
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